Um daqueles dias
Barroso... ao acaso
Neste blog procurarei divulgar diversos olhares, ao acaso, sobre o Barroso. Um único objectivo: divulgar e procurar defender esta terra que também é minha. ESPERO OS VOSSOS COMENTÁRIOS.
domingo, 17 de novembro de 2024
domingo, 27 de outubro de 2024
segunda-feira, 27 de maio de 2024
domingo, 26 de maio de 2024
R A Í Z E S
Quando as raízes “falam” bem alto, ganham mais força, crescem mais fortes e fazem nascer árvores que vão crescendo e enfrentam os maiores ventos e as tempestades da vida. O futuro fica assim mais seguro de ser alcançado com a qualidade que pretendemos para os nossos.
Foi o que aconteceu.
A última assembleia dos compartes da União das Freguesias de Montalegre e Padroso, convocada essencialmente para ser discutida e decidida a utilização que nos próximos (pelo menos) QUARENTA ANOS (!) se faria dos terrenos que tradicionalmente são utilizados livremente pelos cidadãos residentes, decorreu pacífica e ordeiramente. Vozes se levantaram (poucas) a defender timidamente a cedência daqueles terrenos para implantação de TORRES produtoras de energia eólica, e outras (muitas e convictas) a defender a preservação do espaço na continuidade do seu uso tradicional, mantendo assim a qualidade da paisagem, a ausência do ruído inerente ao funcionamento das “ventoinhas”, parte das quais estavam previstas para bem próximo de casas de habitação, lugares de culto e outra locais que, pelas suas características, deverão sempre ser protegidos de qualquer agressão.
Estranho foi a ausência de algumas pessoas diretamente interessadas na questão, já que estiveram sujeitas a que lhes instalassem um torre “no telhado” e se alhearam do assunto, talvez porque não tiveram o devido conhecimento daquilo que iria ser tratado, pois a publicidade, dada a importância da matéria, poderia e deveria ter sido muito maior. Seria desejável ter havido até sessões de esclarecimento antes de ser discutida a aprovação do contrato proposto pela empresa candidata à exploração, sessões essas nas quais deveria estar presente o seu representante a fim de responder às questões que fossem apresentadas. Por aí se deveria ter começado e não pela parte final. Até porque o contrato, a ser aprovado com a redação proposta, só beneficiaria a empresa e prejudicaria os agricultores e restante população. Isto tudo, em troca de algo que neste caso nem sequer era importante. DINHEIRO! Como iria ser gasto esse dinheiro, é matéria para outra discussão. Não se pretende neste post entrar por aí.
Valeu a intervenção de alguns dos presentes, entre as quais me permito destacar o senhor Carvalho de Moura pela forma apaixonada como apelou à recusa do dito contrato.
Votado aquilo que seria o seu texto, que é o mesmo que dizer votada a a cedência do baldio que é de todos a uma empresa que pagaria pela sua ocupação, foi essa pretensão liminarmente recusada sem qualquer voto favorável. Como se impunha que fosse. Afinal, o que a empresa se comprometia, era tão-somente a DAR DINHEIRO(!). Como se o dinheiro fosse mais importante do que a preservação do nosso bem-estar. Afinal, há demasiados anos que damos energia ao país... e o país não tem querido saber, sequer, quantas horas demoramos a chegar a Braga... mas isso é outro assunto.
Entretanto, devemos ficar atentos. Estas empresas são persistentes, poderão voltar à carga e apresentar novas formas de convencer. Com simpatia e com... dinheiro. Sempre o dinheiro. Mas esse não compra tudo... ou compra consciências? Fiquemos alerta. Que o lobo não larga a presa facilmente.
Em todo o caso, deixo aqui uma aproximação ao que se veria, olhando à volta, desde o castelo, caso as famosas "ventoínhas" fossem instaladas.